Boat Shows consolidam ciclo recorde em 2025 e projetam crescimento contínuo para 2026
Dezembro, 2025 – O mercado náutico brasileiro encerra o ano em um novo patamar: deixou de ser percebido como um lazer de nicho para assumir, de forma definitiva, o status de ‘turismo de experiência’ e de polo industrial de alta capilaridade. A Boat Show Eventos, maior organizadora de salões náuticos da América Latina, confirma essa evolução ao anunciar um ciclo histórico, em que os Boat Shows se consolidaram como a principal plataforma impulsionadora de vendas de embarcações no país.
As edições realizadas no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Itajaí, em Salvador e em Angra dos Reis totalizaram mais de 1.200 barcos vendidos por seus expositores, um crescimento de 20% sobre uma base já elevada, e reuniram um público superior a 100 mil visitantes.
Mais do que o volume de vendas, chamou a atenção em 2025 a elevada qualificação do público e o interesse crescente das pessoas pela cultura náutica. Segundo a diretora do Grupo Náutica, Thalita Vicentini, o perfil dos visitantes demonstra um mercado em plena maturação.
“Os eventos receberam milhares de pessoas, e a alta conversão de vendas indica um comprador mais preparado, ao mesmo tempo em que revela um público entrante prestes a adquirir seu primeiro barco. A náutica oferece experiências que se tornaram cada vez mais valorizadas: qualidade de vida, conforto, privacidade, contato com a natureza e tempo real com a família e os amigos. Observamos um investimento crescente nesse tipo de lazer, especialmente no cenário pós-pandemia. Além disso, o potencial hídrico do Brasil é imenso e gera impacto econômico significativo. É benefício para todos”, destaca.
Ao reunir novidades e produtos de altíssima qualidade da indústria náutica nacional e internacional, a qual tem evoluído de forma acelerada com modelos para variados perfis e bolsos, além de modelos de negócios que facilitam a compra, o Grupo Náutica trouxe ferramentas que contribuíram no acesso e na democratização desse tipo de turismo. Consórcio, cotas compartilhadas, financiamento e facilidades diretos de fábrica foram algumas opções.
De Norte a Sul do Brasil, Boat Shows conquistam o público
Se São Paulo, com alta de 7,1% nas vendas no São Paulo Boat Show, segue como o centro financeiro, Santa Catarina se consolidou como o cluster produtivo e turístico da náutica nacional.
O Itajaí Boat Show, ao lado do evento na capital carioca, o clássico e cobiçado Rio Boat Show, foi mais um sucesso de público. Além do Rio, o estado de SC também tem surpreendido, já que responde hoje por 65% da produção de barcos de lazer. Apenas Itajaí, sede do evento, concentra 35% da fabricação nacional.
A edição na Baía de Todos-os-Santos, em Salvador (BA), foi mais um caso de destaque. Dobrou de tamanho e reuniu público qualificado, aliado ao incentivo da prefeitura local em fomentar a náutica, tanto que no evento anunciou um pacote de R$ 20 milhões para a Economia do Mar, incluindo uma nova Marina Pública.
Para contribuir com o giro da indústria de seminovos, o Grupo Náutica também focou na revenda. Em novembro, a realização do 1º Salão de Usados Náutica em Angra dos Reis, na recém-inaugurada Marinas do Atlântico, oficializou o mercado de brokerage. Com os seminovos representando 60% do volume de transações no Brasil, a criação de um ambiente com segurança técnica em um dos principais destinos náuticos do planeta provê a liquidez necessária para o upgrade da frota, e alinha o Brasil aos mercados maduros dos EUA e Europa.
Para sustentar o crescimento em longo prazo, o Grupo investe em pessoas e na quebra de barreiras culturais. Outra estratégia do ano foi transformar os eventos de negócios em plataformas de conteúdo, lazer e inclusão por meio de exposições culturais e históricas; exposição de produtos ligados à náutica (de offroad, supercarros a obras de arte), série de palestras: o Náutica Talks, promovido pela Revista Náutica, e de ações sociais envolvendo escolas e comunidades locais. “A relevância dos Boat Shows extrapola a venda de barcos. Eles funcionam como o motor de uma cadeia produtiva complexa e majoritariamente artesanal”, conta Thalita Vicentini.
Dados da Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar) indicam que a indústria náutica gera um efeito multiplicador significativo. Estima-se que cada barco fabricado gera cerca de 8 empregos, divididos entre diretos e indiretos. Além da fabricação, o setor sustenta cerca de 9 mil marinheiros particulares e 7 mil trabalhadores fixos em estruturas de apoio (marinas, garagens), com um acréscimo de 5 mil temporários durante a alta temporada, conforme dados da associação. O setor emprega atualmente mais de 150 mil profissionais.
Expansão e novidades confirmadas para 2026
A agenda de 2026 já está confirmada, com a realização dos eventos no Rio de Janeiro (RJ), em abril/maio; em Itajaí (SC), em julho; em São Paulo (SP), em setembro; em Salvador (BA), em novembro; e em Angra dos Reis (RJ), também em novembro. A expectativa é de continuidade do crescimento registrado nos últimos anos, com maior qualificação de público e ampliação natural das oportunidades de negócio em cada praça.
Além disso, o grupo confirma o retorno do Brasília Boat Show ao Lago Paranoá em agosto de 2026, o ‘Mar de Brasília’, um dos maiores polos de turismo náutico de água doce do país, ideal para passeios, mergulho e competições esportivas, e avança na expansão dos salões de seminovos, com novas regiões e datas em desenvolvimento.
A Boat Show Eventos também trabalha no fortalecimento de sua plataforma de conhecimento, incluindo o tradicional congresso voltado para líderes nacionais e internacionais em São Paulo e uma nova edição do congresso prevista para Brasília.