Saiba como foi o TP52 Super Series e o desempenho do Brasil nas provas de vela
Olá, hoje escrevo sobre a campanha brasileira da TP52 SUPER SERIES, evento que terminou no último fim de semana na Espanha!
O Brasil conta com uma equipe profissional de ponta na vela que está dando o que falar na Europa. Mesmo com orçamentos e tempos de treinamento diferentes. Ainda pouco divulgado e ‘velejado’ por brasileiros, o time Onda, de Eduardo Souza Ramos e do bicampeão olímpico Robert Scheidt, participou em bem da TP52 SUPER SERIES. Formado por barcos rápidos de 52 pés e tripulados pelas melhores equipes do mundo, a categoria está se tornando uma opção real, lucrativa e bem disputada opção no calendário da vela oceânica mundial.
A onda do Onda
Neste fim de semana, em Valência (Espanha), o Onda ganhou regata e fez sua melhor participação no campeonato. O evento contou com cinco etapas na temporada, sendo duas regatas na Espanha, Portugal e Croácia. As provas de 2019 já estão confirmadas pelos organizadores. No start list só tem fera, a contar pelos brasileiros já citados acima, pelos representantes de Volvo Ocean Race Joca Signorini e André Fonseca, e por outros sindicatos de nome como Luna Rossa e Azzurra. Mesmo os ‘gringos’ tendo mais recursos e treinos, os brasileiros não estão deixando muito a desejar. Em breve o nível pode ser alcançado!
Voltando a falar sobre Eduardo Souza Ramos, que idealizou toda essa campanha, investindo em treinamentos de TP52 e chamando todos esses craques da modalidade. Ele tem 72 anos e é um investidor assíduo da vela nacional, talvez um dos únicos. Ele que foi o porta-bandeira nos Jogos de Los Angeles-1984 está envolvido diretamente com o crescimento da modalidade por aqui. Mesmo em crise econômica. O surgimento de classes como HPE25 está na conta dele, sem contar o patrocínio direto à Semana de Vela de Ilhabela.
De olho em Tóquio
De Valência para Enoshima, raia de Tóquio-2020. As campeãs olímpicas na Rio-2016, Martine Grael e Kahena Kunze, conquistaram por antecipação o título do evento-teste para os Jogos Olímpicos, também válido como a primeira etapa da Copa do Mundo de Vela 2018/2019. Elas continuam na classe 49erFX e, depois de quase um ano sem treinar por causa da campanha de Martine na Volvo Ocean Race, o entrosamento voltou com tudo. O Brasil foi bem em Enoshima com Jorge Zarif, na Finn.