Unidade protege 185 mil hectares de Mata Atlântica e é exemplo de desenvolvimento socioambiental.
Criado em 1939 para conservar o maior remanescente de floresta Atlântica da região sul do Brasil, o Parque Nacional do Iguaçu comemorou nesta terça-feira (10) seus 78 anos. Unidade de conservação (UC) administrada pelo ICMBio no Paraná, o parque protege uma riquíssima biodiversidade, constituída por espécies representativas da fauna e flora brasileiras – algumas ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, o jacaré-de-papo-amarelo e o gavião-real –, além de abrigar um dos principais cartões-postais do nosso país: as Cataratas do Iguaçu.
Essa expressiva variabilidade biológica somada à paisagem singular das cataratas fizeram do Parque Nacional do Iguaçu a primeira UC do Brasil a ser reconhecida como Sítio do Patrimônio Mundial Natural pela Unesco, no ano de 1986. Unido pelo Rio Iguaçu ao Parque Nacional Iguazú, na Argentina, o parque brasileiro integra um contínuo biológico com aproximadamente 1 milhão de hectares de áreas naturais.
O Parque Nacional do Iguaçu completou 78 anos como exemplo de sustentabilidade, onde é realizado o desenvolvimento socioambiental com integração entre a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais.
O chefe da unidade, Ivan Baptistos, lembra que em 1937 foi criado o Parque Nacional de Itatiaia e, dois anos depois, surgem os parques do Iguaçu e da Serra dos Órgãos. “Em 2017, estamos celebrando 80 anos de história dos nossos parques, que, junto com as outras categorias de áreas protegidas, formam o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)”, ressalta o gestor.
Segundo ele, abrigam-se nesse sistema não somente a história da conservação da natureza no Brasil, mas o grande patrimônio da nação brasileira.
“Sem dúvida, temos em mãos o enorme desafio de proteger e conservar uma das mais importantes porções da memória natural e cultural do país, ainda salvaguardadas em nossos parques nacionais e demais UCs”, afirma Baptisto.