A vitória no Gotcha Ichinomiya Chiba Open foi a segunda do brasileiro. Jessé decidiu os títulos das três etapas do QS 6000 deste ano. 

O paulista Jessé Mendes conquistou sua segunda vitória em etapas do QS 6000 esse ano e praticamente garantiu uma das dez vagas do WSL Qualifying Series. Isso quer dizer que ele vai fazer parte da elite dos top-34 que vai disputar o World Surf League Championship Tour em 2018. Com o título no Gotcha Ichinomiya Chiba Open no último domingo (28/05) no Japão, o surfista lidera o ranking com quase o dobro dos pontos do segundo colocado, o japonês Hiroto Ohhara. Ele já abriu 8.150 pontos de vantagem com os 6.000 recebidos na final com o australiano Cooper Chapman, que impediu uma decisão brasileira em Chiba ao barrar o também paulista Flavio Nakagima nas semifinais.

Essa foi a terceira etapa com status QS 6000 realizada esse ano e Jessé Mendes foi finalista em todas elas. Só perdeu a primeira, para o catarinense Yago Dora na final verde-amarela do tradicional Surfest de Newcastle na Austrália. Um domingo depois, assumiu a liderança e não largou mais após bater o top da elite, Julian Wilson, na decisão do Australian Open of Surfing, em Sydney. No Japão, derrotou outro australiano para se consolidar no grupo dos dez surfistas que sobem para o CT.

“Eu consegui um grande feito com duas vitórias em três finais, mas não vou descansar e vou continuar concentrado para buscar grandes resultados ainda”, disse Jessé Mendes. “Eu já cheguei perto de me qualificar para o CT algumas vezes, então não quero deixar passar mais uma chance. Ainda tem muitos eventos importantes pela frente para mim este ano”.

Apesar das ondas pequenas de meio metro de altura do domingo em Shida Point, elas apresentavam uma boa formação para fazer manobras usando a borda da prancha e até aéreas também. Foi arriscando os voos que o australiano Cooper Chapman tentou vencer Jessé Mendes na bateria final, depois do brasileiro surfar uma onda no critério excelente dos juízes que valeu nota 9,33. Ele ainda tirou duas na casa dos 7 pontos a cada ameaça do australiano para vencer por 16,16 a 14,06 pontos e faturar o prêmio máximo de 25.000 dólares do QS 6000 Gotcha Ichinomiya Chiba Open.

“Embora eu gostasse mais se tivesse vencido a final, foi um grande resultado para mim e estou feliz por ter subido para o quinto lugar no ranking”, disse Cooper Chapman, que saltou da 59.a para a quinta posição no WSL Qualifying Series, com os 4.500 pontos do segundo lugar no Japão. “Ainda temos uma série de grandes eventos pela frente e a fase decisiva do ano é a partir de agora até dezembro. Espero me manter entre os dez primeiros até lá”.

O australiano foi um dos dois surfistas que entraram na zona de classificação para o CT no QS 6000 do Japão. O outro é o norte-americano Griffin Colapinto, que foi barrado pelo brasileiro Flavio Nakagima nas quartas de final e subiu da 24.a para a nona colocação no ranking com o quinto lugar em Chiba. Os dois acabaram tirando dois brasileiros do G-10 nesta etapa, o capixaba Rafael Teixeira e o baiano Bino Lopes.

Semifinais

Nakagima poderia até ter entrado na lista se tivesse passado para a final do Gotcha Ichinomiya Chiba Open, mas perdeu o primeiro duelo do domingo para Cooper Chapman. Os dois tiveram poucas chances para surfar, porque entraram poucas ondas na bateria marcada por longos intervalos entre as séries. O australiano não desperdiçou as oportunidades que teve e venceu por 16,86 a 13,44 computando notas 8,93 e 7,93, contra 7,67 e 5,77 do brasileiro.

Na segunda semifinal, Jessé Mendes também tirou uma nota excelente, 8,33, para superar Oney Anwar por 15,66 a 14,47. O surfista da Indonésia e Flavio Nakagima ficaram em terceiro lugar no QS 6000 do Japão, marcaram 3.550 pontos no WSL Qualifying Series e receberam 5.500 dólares de prêmio. Nakagima saltou de 86 para 13 no ranking e Anwar de 99 para 14, ambos se aproximando bastante da zona de classificação para o CT.

Perna Sul-Africana

Depois do Japão, a batalha pelas dez vagas para a elite dos top-34 da World Surf League será travada na África do Sul. Serão quatro etapas seguidas, com o primeiro QS 10000 do ano, o Ballito Pro, fechando a “perna sul-africana” nos dias 3 a 9 de julho em KwaZulu-Natal. Antes, tem um QS 1000 em Western Cape de 2 a 4 de junho, um QS 3000 em Durban nos dias 14 a 18 e outro QS 1000 de 23 a 25 em Cape Town, promovido pelo vice-campeão mundial Jordy Smith.

Sobre a World Surf League

A World Surf League (WSL), antes denominada Association of Surfing Professionals (ASP), tem como objetivo celebrar o melhor surf do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.

A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis.

Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL já possui uma enorme legião de fãs apaixonados em todo o planeta que acompanha as performances dos melhores surfistas do mundo, como Gabriel Medina, John John Florence, Adriano de Souza, Kelly Slater, Stephanie Gilmore, Greg Long, Makua Rothman, Carissa Moore, entre outros, competindo no mais imprevisível e dinâmico campo de jogo entre todos os esportes no mundo, que é o mar.

Crédito da foto: @WSL / Robertson


 

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