Bicampeão olímpico cruzou a linha de chegada em 2º na última regata da competição, neste sábado (10), em Miami. Brasileiro velejou ao lado do proeiro norte-americano Brian Fatih.

Robert Scheidt é medalha de prata na edição 2018 da Classe Star na Bacardi Cup. Neste sábado (10), em Miami, nos Estados Unidos, o bicampeão olímpico cruzou a linha de chegada em 2º lugar na última regata da competição. Com isso, ganhou uma posição no pódio. E subiu do 3º para 2º na classificação geral. O título não ficou com o velejador brasileiro e seu proeiro, o norte-americano Brian Fatih, por dois pontos. Os campeões, os italianos Diego Negri e Sergio Lambertenghi terminaram com 14 pontos perdidos, contra 16 de Scheidt/Fatih.

Satisfação de Scheidt

Scheidt se mostrou satisfeito com o resultado.

“Largamos muito bem neste sábado. Lideramos praticamente a regata inteira, mas no final, próximo da linha de chegada, o Iain Percy, da Inglaterra, nos ultrapassou. E então cruzamos na segunda colocação. Com isso, terminamos com a medalha de prata. Pesou um pouco a corrida do 15º lugar, pois, se tivéssemos um descarte melhor, as coisas poderiam ter sido diferentes. Mas no geral, foi ótimo ter vindo para Miami. Fizemos uma competição consistente e conseguimos um bom resultado. Foi ótimo ter velejado na Bacardi Cup, com tantos barcos em um nível tão alto”, analisou o maior medalhista do Brasil. Que tem cinco pódios, e patrocínio do Banco do Brasil, Rolex e apoio do COB e CBVela.

O grande objetivo de Scheidt na Star, em 2018, é a SSL Finals, em dezembro, nas Bahamas. Uma competição a qual conquistou a medalha de prata em 2017, ao lado do proeiro Henry Boenning, o Maguila. Antes, deve disputar o Campeonato Paulista, em Guarapiranga, na Páscoa.

“No segundo semestre, vou encaixar o Campeonato Sul-Americano, no Rio de Janeiro, em novembro. Mas pode ser que eu ainda entre em mais competições. Tudo vai depender da agenda”, conta Robert.

Scheidt e Fatih, vice-campeões (Tim Wilkes / Divulgação)
Scheidt e Fatih, vice-campeões (Tim Wilkes / Divulgação)

Mais barcos na disputa

Além de Robert Scheidt, o Brasil teve mais barcos na disputa da Bacardi Cup. Lars Grael e Samuel Gonçalves terminaram na quarta posição. E os demais velejadores brasileiros conseguiram os seguintes resultados finais: Alessandro Pascolato/Henry Boening (27º lugar), Admar Gonzaga Neto/Alexandre Figueiredo de Freitas (32º), Fabio Prada/Cristiano Ruschmann (40º), Marcelo Fuchs/Ubiratan Matos (76º). O proeiro brasileiro Bruno Prada, que veleja com o norte-americano Augie Diaz, ficou na 12º colocação.

Vela Oceânica

Scheidt está se dividindo entre um amor antigo e uma nova paixão em 2018. O bicampeão olímpico traçou os objetivos para a nova temporada ancorado em dois pilares, a Classe Star e a Vela Oceânica. Fora do ciclo para os Jogos do Japão, em 2020, o velejador de 44 anos se mostra animado com o desafio de se manter competitivo em duas categorias diferentes do iatismo.

“A temporada 2018 está sendo bem interessante. Estou mesclando competições na Star, uma de minhas maiores paixões, com a novidade que será a campanha no TP 52, uma das grandes competições de Vela Oceânica do mundo”, revela Scheidt.

O novo projeto ratifica as palavras do velejador ao anunciar, no fim de 2017, a desistência de lutar por uma vaga nos Jogos do Japão. Quando garantiu que não se aposentaria.

Largada da Classe Star (Tim Wilkes / Divulgação)
Largada da Classe Star (Tim Wilkes / Divulgação)

A Equipe

Scheidt vai integrar a equipe Phoenix na TP 52 e está animado.

“É um projeto brasileiro, com tripulação quase integralmente nacional. Boa parte composta por velejadores olímpicos. Serei o tático do barco e estou bem empolgado. É uma oportunidade legal de voltar a competir na classe oceânica em alto nível. E retornar para esse mundo de barcos grandes em um dos melhores circuitos do mundo”, revela.

Em 2001, como timoneiro do barco ESPN Brasil, ele ganhou o Campeonato Brasileiro, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Em 2009 e 2010, integrou a tripulação do italiano Luna Rossa na TP 52.

A primeira disputa na TP 52 será em maio, em uma regata preparatória em Palma de Mallorca, na Espanha. Depois, serão cinco etapas da 52 Super Series 2018: Sibenik 52 Super Series Sailing Week – 22 a 27 de maio – Sibenik, Croácia; 52 Super Series Zadar Royal Cup –19 a 24 de junho – Zadar, Croácia; Rolex TP52 World Championship Cascais 2018 – 16 a 21 de julho- Cascais, Portugal; Puerto Portals 52 Super Series Sailing Week –2 0 a 25 de agosto – Mallorca, Espanha; 52 Super Series Valencia Sailing Week – 17-22 de setembro – Valencia, Espanha.

Carreira vitoriosa

Robert Scheidt tem duas medalhas de ouro olímpicas (Atlanta/96 e Atenas/2004 e uma prata (Sidney/2000) na classe Laser, mais uma prata e um bronze na Star (Pequim/2008 e Londres/2012). Ao todo, são 11 títulos mundiais na Laser e três na Star. Na Rio/2106, terminou na quarta colocação. Scheidt tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.

Confira também “Robert Scheidt vai se dividir entre a classe Star e a vela oceânica em 2018”, AQUI !!


 

 

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