Barco foi o primeiro a chegar a Fernando de Noronha

Foi com muita emoção e com disputa milha a milha que o barco pernambucano Patoruzú ficou com o título de Fita Azul da 31ª Refeno! A embarcação pernambucana saiu do Marco Zero do Recife no sábado (12/10), às 13h30, e foi a primeira a chegar a Fernando de Noronha, às 17h15 (horário de Brasília) de domingo (13). A embarcação fez a travessia em 27h45min35, tempo superior ao do ano passado, quando completou as 300 milhas náuticas em 25h58min12. Os pernambucanos travaram um duelo emocionante com o Atrevida em alto mar.

O Atrevida largou às 12h30 e assumiu logo a ponta. Os dois disputaram a liderança proa a proa, até que o Patoruzú conseguiu a ultrapassagem. Mesmo à frente, as embarcações ficaram boa parte lado a lado, proporcionando uma grande disputa no meio do oceano.

Este ano, a embarcação foi comandada por Higinio Marinsalta. Em 2018, no primeiro título, o comandante foi Higinio Filho, que fez parte da tripulação nesta edição. Logo após cruzar a linha de chegada, a emoção tomou conta do barco.

“Conseguimos assumir a ponta já de madrugada, mas tivemos problemas com uma peça que se soltou e caiu no mar. Tivemos que parar. Não tínhamos outra para repor e ficamos com medo de forçar e quebrar. Seguimos por quatro horas apenas com uma vela. Por isso algumas embarcações nos passaram, como o Atrevida. No meio da madrugada resolvemos arriscar e reassumimos a ponta”, comentou o tripulante Carlito Moura.

Uma história curiosa no meio do oceano

O velejador ainda revelou uma história curiosa que aconteceu no meio do oceano. Ao ultrapassar novamente o Atrevida, a embarcação paulista parabenizou a manobra e desejou sucesso na regata.

“Às 3h resolvemos a arriscar. Subimos a vela de prôa e botamos o barco para andar. Fomos recuperando e pegando o Atrevida no visual. Às 7h a gente estava bem na mira e passamos. Foi fantástica a ultrapassagem. O comandante deles elogiou muito o andamento do Patoruzú. Recomendou cautela e disse que estava passando o bastão da liderança para a gente. Viemos poupando o barco para conseguir chegar”, completou.

Do lado de fora, na Comissão de Regata da Refeno, montada no Mirante do Boldró, a festa também foi grande pelo título. Várias pessoas acompanhavam atentamente à chegada. Após o apito da buzina, muitos gritos de apoio à embarcação pernambucana.

Três barcos apresentaram problemas logo após a partida e precisaram voltar ao litoral. O Pinguim teve o leme quebrado e voltou para o Recife. Já o Glasnost também voltou à capital pernambucana, com um furo no casco, enquanto que o Mia Nera seguiu para Cabedelo/PB com problemas técnicos.

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