Ou melhor, um pouco de Europa misturado a muito de Caribe

Saint-Martin
Saint-Martin

A ilha é dividida entre Sint Maarten ao sul (de domínio holandês) e Saint-Martin ao norte (de possessão francesa), e é uma verdadeira mistura de grafias, pronúncias e culturas com praias de um azul paradisíaco. Com apenas 96 km², apresenta a maior concentração de nacionalidades por km² do mundo e já foi muito disputada desde 1493. Depois de um acordo de compartilhamento entre os governos francês e holandês, enfim, a paz. Hoje St. Maarten é conhecida por suas praias, música animada e gastronomia de primeira, que fazem do local uma ilha da fantasia. E o livre comércio garante a fama de paraíso das compras, já que a ilha toda é duty-free.

Ficamos hospedados no Sonesta Maho Beach, um resort all inclusive, com diversão e comida para todos os gostos. Além de duas piscinas com garçons passando a toda hora oferecendo drinks, a recreação para crianças é muito boa. Mas o que mais me chamou a atenção foi, claro, o snorkeling que pudemos fazer entrando pela praia e nadando pela encosta até uma enorme gruta a uns 100 m da praia.

Até um naufrágio de um avião achamos aos 7 metros de profundidade. Durante as tardes eu mesma levava as crianças do grupo para mergulhar por ali. Além de ver a vida marinha intensa nesses mergulhos em apneia, aproveitávamos o pôr do sol visto do mar. Um sonho!

Os mergulhos com equipamento scuba foram uma surpresa. A vida submersa em Sint Marteen – agora sim, o lado sul e holandês – é super rica: raias, tartarugas, muitos peixes, além de grutas e alguns naufrágios excelentes. O mergulho é feito embarcado, saindo de uma praia tranquila até os pontos de mergulho. A navegação é relativamente curta até os pontos de mergulho, variando quando perto em 3 minutos até muito “longe” em 30 minutos.

Os naufrágios foram um dos “casos à parte”. Além de possuírem pequenas possibilidades de penetrações, a quantidade de lagostas, garoupas, meros, cardumes intensos e lindas raias chitas (Eagle Rays) deixaram todos fascinados. Some tudo isso no mergulho da noite, com mais cores proporcionadas por nossas potentes lanternas e os peixes se deixando aproximar. Os mais belos chamam-se Tiegland, Porpoise, Carib Cargo e Wreck Bridge.

No último dia, um dos mergulhos mais esperados foi a alimentação de tubarões, o “Shark Feeding”. Tratam-se de tubarões cinza de recife, que são atraídos até uma arena e lá alimentados, com peixe fresco, à mão pelo Jeferson, um brasileiro radicado na ilha e proprietário, sócio de outra brasileira, a curitibana Luciana. Parabéns a essa equipe, pois recebemos um dos melhores tratamentos de todo o Caribe.

Saint-Martin
Saint-Martin

Vai lá !

Pra chegar em Sint Maarten aqui do Brasil há duas maneiras: via Estados Unidos, com Delta, US Airways ou JetBlue, ou o mais usual e que não necessita do visto americano, com a Copa Airlines, a partir da Cidade do Panamá. Há voos diários de São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília ou Recife. Outras cidades necessitam conexão em uma dessas capitais.

Quando?

O tempo fica mais seco de dezembro a maio e é também quando a ilha fica mais cheia. No verão do Hemisfério Norte (o meio do ano) a umidade aumenta, mas a água chega a 29 graus, uma delícia para qualquer mergulho. A temporada de furacões dura oficialmente de junho a novembro, mas o período mais arriscado começa em agosto. A incidência de furacão é rara. Em 2010 a ilha viu a passagem de apenas um, o Earl, no final de agosto.

Dinheiro local

Como municipalidades holandesa e francesa, o dólar e o euro são muito bem aceitos e não é necessário trocar por nenhuma moeda local.

O que fazer além de mergulhar

No lado holandês, ficar admirando os pousos e decolagens no aeroporto de Sint Maarten, além de compras, pois é um porto livre de impostos e com muitas lojas de eletrônicos, bebidas, perfumes e outros cosméticos, além de roupas de grandes marcas, especialmente as europeias. Há excelentes cafés e bons restaurantes. Além disso, é o lado que concentra a maior parte dos mergulhos. Já no lado francês, o óbvio, comida de muitíssima boa qualidade, incluindo panificadoras e patisseries, fantásticas. Mesmo estando em um hotel com regime All Inclusive, vale alugar o carro um dia ao menos e dar uma volta na ilha, jantando ou parando para um lanche no lado francês. Dica: os carros podem ser locados nos próprios hotéis.

E os documentos?

Não há necessidade de visto para entrar na ilha, não há alfândega entre o lado holandês e o francês, e apenas é recomendado a vacina contra a febre amarela, e claro, passaporte válido, o que significa não vencer até seis meses depois da data de seu embarque.

Quem leva?

A Acquanauta de Curitiba – www.acquanauta.com.br – faz pacotes para grupos e individuais para Sint Maarten e para Saba (papo para uma próxima edição). Como especialistas podem montar algo bem especial para acertar bem uma viagem de mergulho como essa. Se for para a ilha sem a ajuda de uma agência especializada, procure a Luciana da Ocean Explorers – www.stmaartendiving.com – eles lhes orientarão muito bem.

Por Carolina Schrappe

Fotos Ocean Explorers Dive Center

Carolina Schrappe é multirrecordista de mergulho livre, mas também é Instrutora de Mergulho SCUBA e sócia da Acquanauta Curitiba, uma agência que leva você para mergulhar nos melhores pontos de mergulho do mundo!

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