Começou um dos principais eventos de vela oceânica do mundo. Neste sábado (7)
Os espanhóis, que sediam a abertura do evento, fizeram muita festa para dar energia aos velejadores que partiram rumo ao Atlântico Sul. O trecho entre Alicante, na Espanha, até a Cidade do Cabo, na África do Sul, terá quase 12 mil quilômetros e deverá ter duração de no mínimo 23 dias. A flotilha irá enfrentar ventos fortes na passagem por Gibraltar, as famosas zonas de baixa pressão nos Doldrums, a Linha do Equador e toda a passagem pela costa brasileira, incluindo Fernando de Noronha, waypoint obrigatório para os barcos.
“A meteorologia indica que serão difíceis os primeiros quilômetros da regata”, indicou André ‘Bochecha’ Fonseca, brasileiro que compete pelo espanhol MAPFRE. Realmente, as primeiras 24 horas de regata terão bastante variação de ventos, começando com intensidade média. Durante a madrugada, a velocidade vai subir para quase 40 km/h. Os barcos devem acessar o Oceano Atlântico apenas na madrugada de segunda-feira (13).
“Eu acho que a saída de Gibraltar deve ser bastante complicada. Acredito que a estratégia das equipes será evitar que um barco se desgarre da flotilha. Normalmente, quem sai primeiro tem a vantagem de entrar no vento antes, abrindo vantagem para os demais. A regata pode ser definida nesse trecho”, disse André ‘Bochecha’ Fonseca.
O MAPFRE do brasileiro André ‘Bochecha’ Fonseca ficou no meio da flotilha após os primeiros quilômetros de regata. A liderança provisória desde a largada está com o Team Brunel, da Holanda. Na cola dele está o Abu Dhabi.
A edição 2014-15 é a mais humana da história da Volvo Ocean Race. Pela primeira vez, os barcos são rigorosamente iguais, ou seja, o vencedor será a tripulação que tomar as melhores decisões ao longo dos nove meses de regata. Serão ao todo 71.745 quilômetros por todos os continentes.