Campanha olímpica de um dos principais velejadores brasileiros começa em janeiro, durante a etapa da Copa do Mundo de Vela, em Miami. 

Após ficar de fora das Olimpíadas do Rio-2016, o velejador Bruno Fontes teve o tempo necessário para pensar em sua carreira e avaliar todas as possibilidades. Em pleno vigor físico e velejando muito bem tecnicamente, Bruno, aos 37 anos, parte para seu quinto ciclo olímpico ciente de que ainda tem muito para progredir dentro da classe Laser.

“Nos últimos quatro anos eu me dediquei bastante, melhorei muito minha parte física e fiz de tudo que podia para chegar ao Rio. No entanto, o fato de eu não ter conseguido a vaga só me serviu de motivação para voltar a treinar ainda mais. Meu principal objetivo na carreira é conquistar uma medalha olímpica e é atrás disso que eu vou em Tóquio”, diz.

Representante do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e Londres-2012, Bruno Fontes travou um dos principais duelos por uma vaga no Rio contra Robert Scheidt. Dono de cinco medalhas, Robert é considerado o maior atleta olímpico brasileiro de todos os tempos e mesmo aos 43 anos provou que estava em um dos melhores momentos da carreira ao fechar a competição em quarto lugar.

“O duelo com o Robert serviu para ver que eu posso ser cada vez melhor. O cara tem cinco medalhas olímpicas e aos 43 anos ele ficou muito próximo de mais um pódio. Não é à toa que ele está indo para o seu sétimo ciclo olímpico, agora em um novo desafio, na classe 49er. Acho que a idade é apenas um número, pois me sinto extremamente apto para competir em alto nível contra os garotos da nova geração. O foco será ainda maior, pois é preciso compensar com a experiência, mas sei que ainda posso conquistar muitas coisas”, ressalta.

 

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Copa do Mundo de Vela em Miami

Logo após as Olimpíadas do Rio de Janeiro, Bruno Fontes, que atuou como técnico da delegação de Trinidad e Tobago, voltou a dedicar-se aos treinamentos em Jurerê, pensando no início da temporada 2017. Com o encerramento do período de treinos e o início das competições, Bruno tem pela frente, em Miami, seu primeiro grande evento do ano.

“Miami sempre é uma competição muito forte, pois faz parte das etapas da Copa do Mundo de Vela. Eu conheço muito bem a raia de lá e sei que posso conseguir um bom resultado se conseguir encaixar as largadas e acertar nas escolhas táticas. A classe Laser é uma das mais difíceis, pois tem uns 10, 20 caras com chances reais de subir ao pódio. Por isso, é complicado fazer um prognóstico de como será. O que posso garantir é que sei que estou dentro desse “bolo” e vou chegar para brigar por algo maior”, comenta.

Desde 2010, Bruno participa da etapa de Miami e durante as sete participações sempre esteve na disputa por título ou Medal Race (confira abaixo a tabela de desempenho).

“Eu tenho um histórico de sempre ir bem em Miami, inclusive tenho um pequeno romance com o quinto lugar por lá (risos). Já fui vice-campeão uma vez também e quem sabe eu não consigo repetir esses bons desempenhos para iniciar o ciclo com um resultado satisfatório”, encerra.

Desempenho de Bruno Fontes ano a ano em Miami:

2010 – 5º lugar
2011 – 5º lugar
2012 – 2º lugar
2013 – 5º lugar
2014 – 5º lugar
2015 – 9º lugar
2016 – 12º lugar

O velejador Bruno Fontes tem os patrocínios da CBVela, Marinha do Brasil e Iate Clube de Santa Catarina e conta com o apoio do COB – Comitê Olímpico Brasileiro.

Fotos: Fred Hoffmann


 

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