Confira como foi o ano do Caiaque Polo, Rafting e Canoagem Onda.
O ano de 2016 foi um ano muito especial para a Canoagem Brasileira. Uma participação histórica nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e um reconhecimento nunca alcançado pelo esporte. Mas a CBCa é formada por um total de 12 modalidades, todas com seus planos e objetivos. Vamos ver então o que foi feito no Caiaque Polo, no Rafting e na Canoagem Onda, neste ano de 2016.
Caiaque Polo
2016 começou com grandes expectativas para o Caiaque Polo, a indicação de um novo técnico da Seleção Brasileira da modalidade prometia crescimento e muita evolução técnica dos atletas da modalidade. O calendário do Caiaque Polo em 2016 contou com duas etapas do Campeonato Brasileiro, o Campeonato Mundial e o Sul-americano.
O Campeonato Brasileiro de Caiaque Polo foi realizado em duas etapas que também serviram como seletiva para a Seleção Brasileira: a primeira em Londrina – PR e a última em Brotas – SP. Equipes de todo o país, e uma equipe convidada da Argentina, competiram em busca do título nacional sob os olhares do novo técnico da seleção brasileira de Caiaque Polo, Ciro Nael Fasano Werner que dirigiu a 2ª seletiva para a Seleção Brasileira, em Brotas – SP. No final da 2ª Etapa do Brasileiro, a equipe carioca São Polo repetiu o feito de 2015 e garantiu o título brasileiro.
No cenário internacional o objetivo era melhorar resultados anteriores, na Itália a expectativa era melhorar o resultado do último Mundial: o 21º lugar no mundial de 2014 na Normandia, na França. O Brasil foi o único país Sul-americano a participar e terminou a competição no 20º lugar geral. Por mais que a evolução nos resultados tenha sido tímida, os bons jogos contra a Campeã Mundial Itália, e dois empates contra a forte equipe da Irlanda evidenciaram a evolução técnica dos brasileiros. No Sul-americano a equipe brasileira também teve boas partidas mas não conseguiu alcançar a primeira colocação e terminou a competição com a medalha de prata.
Além de analisar o ano de 2016, o Supervisor de Caiaque Polo, Leonardo Colomera já começa a planejar o próximo ano. Segundo Leonardo os desafios da modalidade no próximo ano são a busca de novos atletas e a manutenção da evolução do esporte no Brasil. Os planos para o ano que vem são o estruturar o Campeonato Nacional, tornando-o mais atrativo e o desenvolvimento de equipes Femininas Sênior e Sub-21 e Masculina Sub 21.
Em 2015 o Rafting Brasileiro conseguiu o hexacampeonato mundial no R6, o que concretizou os brasileiros como parte da elite do mundo no esporte. E depois de um ano desses, as expectativas para 2016 eram enormes. Estimular o desenvolvimento técnico das equipes brasileiras e conseguir novos atletas era essencial para que o Brasil continuasse em uma posição de destaque no cenário internacional da modalidade.
O calendário de 2016 teve dois Campeonatos Brasileiros, um R6 realizado em Socorro – SP e outro R4 em Brotas – SP, que valia como seletiva para o Campeonato Mundial realizado no segundo semestre. Na primeira competição nacional da modalidade no ano o nível técnico agradou a Supervisora Rebeca Fernandes, mas o que mais surpreendeu foi a adesão de novos atletas e novas equipes. No Campeonato Brasileiro R4, realizado em Brotas – SP a resposta dos atletas e das equipes também foi extremamente satisfatório e o nível técnico da competição foi maior do que nos anos anteriores, reforçando a ascensão do Rafting Brasileiro.
O crescimento técnico dentro do Brasil está rendendo frutos no exterior. No segundo semestre foi realizado o Campeonato Mundial de Rafting R4, nos Emirados Árabes Unidos, e o Brasil foi muito bem representado. Das 5 categorias disputadas, os brasileiros não chegaram ao pódio em apenas uma delas. Foram dois ouros (Open Masculino e Sub-23 Feminino), uma prata (Sub-23 Masculino) e um surpreendente bronze no Sub-19 Masculino, que treinou por apenas 6 meses antes da competição.
Segundo Rebeca as competições nacionais têm muita influência no desempenho das equipes participantes dos mundiais, por isso, para 2017 a modalidade “continuará investindo na qualidade das provas nacionais e selecionando os melhores rios para desenvolver e preparar as equipes, aproximando a exigência nacional com a exigência encontrada em mundiais”, sempre buscando o desenvolvimento técnico no âmbito nacional.
O calendário de 2015 da Canoagem Onda foi realizado todo em Imbituba – SC, foram três etapas do Circuito Brasileiro e um Campeonato Sul-americano realizado com a participação de 4 países fora o Brasil. O sucesso do ano passado gerou grandes esperanças para o ano de 2016.
Este ano começou com uma alteração importante: o Supervisor Bruno Guazzelli, que estava a 3 anos na função, deu lugar ao paulista Alexandre Mattei. Alexandre assumiu a Canoagem Onda com o objetivo de ampliar o alcance da modalidade e conquistar novos competidores. Outro objetivo de Mattei era o de assumir um calendário de competições fixo para todo o ano.
A instabilidade econômica e política no Brasil afetou os planos da Canoagem Onda, que não realizou nenhum evento nacional. Em compensação em novembro foi organizado a primeira competição da modalidade sediada fora do Brasil. O Sul-americano de Canoagem Onda 2016 foi realizado em Lima, no Peru, e contou com a participação de atletas do Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e Peru. O Brasil dominou a competição conquistando 16 medalhas: 6 de ouro, 4 de prata e 6 de bronze.
Para 2017 os desafios permanecem: criar um calendário de competições fixo e aumentar o alcance da modalidade dentro e fora do país e continuar crescendo, tanto em número de competidores quanto em nível técnico. Além disso, a fundação do Clube de Canoagem Onda Brasil, em São Francisco do Sul – SC, onde crianças poderão aprender as 3 modalidades de Canoagem Onda, será uma forma muito importante para a descoberta de novos talentos e renovação da modalidade.