Delegação do país garante vagas olímpicas e vai em setembro para Enoshima, a fim de conhecer a raia dos Jogos.

O Mundial de Classes Olímpicas chegou ao fim neste domingo, dia 12, em Aarhus, e a Equipe Brasileira de Vela volta o foco para os Jogos Olímpicos. Com o resultado da última semana na Dinamarca, o país já carimbou passaporte de três classes rumo a Tóquio 2020: Laser, 49er FX e Nacra 17. O próximo compromisso importante do ano é o primeiro evento-teste em Enoshima, no Japão, em setembro.

Como foio Mundial de Classes

O desfecho do Mundial teve uma pontinha de frustração para o Brasil. Após garantirem a vaga olímpica do país, Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino ainda tinham esperanças de pódio na Nacra 17. Mas a regata da medalha foi cancelada por falta de vento. Assim, a dupla brasileira encerrou a participação em quinto lugar, com 81 pontos perdidos. O ouro foi para os italianos Ruggero Tita e Caterina Banti (69 p.p.).

Além da Nacra, o Brasil obteve classificação na 49er FX, com o quarto lugar de Martine Grael e Kahena Kunze. E na Laser, com João Pedro Souto de Oliveira em 19º lugar no Mundial.

“Conseguimos alguns resultados expressivos, como a vaga do Laser, um resultado obtido por um velejador muito jovem, o que é promissor. No 49er FX, tivemos um quarto lugar que, para quem estava vindo de um ano de inatividade, é um excelente resultado. A Martine e a Kahena treinaram menos de um mês aqui em Aarhus e competiram contra várias adversárias que estavam no auge. Outro resultado excepcional é o quinto lugar do Nacra, melhor resultado brasileiro na classe até o momento. Agora é partir para obter a vaga das classes que não conseguiram em Aarhus”, disse Torben Grael, coordenador técnico da Equipe Brasileira de Vela.

João Pedro de Souto Oliveira – Crédito: Pedro Martinez/ Sailing Energy

Rumo a Tóquio 2020

No mês de setembro, uma delegação de velejadores brasileiros vai para Enoshima para o primeiro evento-teste, a fim de conhecer a raia olímpica.

“O objetivo é a gente ter o primeiro contato com a raia de Enoshima. É o mesmo local da última Olimpíada no Japão (em 1964), de condições variadas. Pode ter de vento fraco a onda e muito vento. Inclusive com passagem de algum furacão, o que não é incomum no Japão. É importante ir para ter conhecimento das condições, testar nossas instalações e ver se funciona. No ano que vem, vamos com um planejamento de replicar exatamente o que vamos ter nos Jogos”, afirmou Torben.

O Mundial da Dinamarca foi a primeira competição classificatória para os países rumo a Tóquio 2020. As classes que ainda lutam por vaga terão novas oportunidades de carimbar passaporte para o Japão nos Campeonatos Mundiais de 2019 e nos eventos continentais de classificação. A definição de quais atletas vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos será feita ao longo dos próximos dois anos, de acordo com os critérios técnicos estabelecidos pela Confederação Brasileira de Vela, baseando-se nos resultados das principais competições nacionais e internacionais.

Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino – Crédito: Jesus Renedo/ Sailing Energy

“O Mundial da World Sailing, com todas as classes juntas, sempre dois anos antes das Olimpíadas, é um campeonato difícil, com grande participação. Nível técnico fortíssimo. Muita gente vem tentar vaga olímpica aqui, por ser a primeira qualificação. A gente sai com três vagas. Foi um bom campeonato para o Brasil”, encerrou Torben.

Resultados completos do Mundial AQUI.
Mais informaçõeshttps://www.aarhus2018.com/


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