O Team Vestas Wind pode voltar à edição 2014-15 da Volvo Ocean Race, após encalhar seu barco em uma ilhota do Oceano Índico.
Os representantes da equipe dinamarquesa estudam a opção de construir um barco reserva para retomar sua campanha na Volta ao Mundo. O sinal positivo foi dado, nesta segunda-feira (8), pelo representante maior da campanha do Team Vestas Wind, Morten Albæk. “É claro que nosso objetivo é voltar a velejar e vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que isso aconteça”.
A avaliação dos dinamarqueses é clara: Não há como recuperar o barco que encalhou. “Uma das opções é a construção de um novo barco e, se der tempo de voltar, a gente vai para a briga novamente. Estamos trabalhando em conjunto com a Volvo Ocean Race”.
A tripulação nada sofreu, mas a embarcação ficou bastante danificada espetada no banco de areia em Cargados Carajos Shoals (St Brandon), cerca de 260 milhas a nordeste das Ilhas Maurício. Após o acidente e antes de serem resgatados, os atletas fizeram todos os esforços para salvar as peças e equipamentos possíveis.
O CEO da Volvo Ocean Race, Knut Frostad, comentou o caso: “Vamos fazer o possível para resolver. Nós temos de aprender a lidar com a situação, assim como o Vestas, que tem o nosso apoio. Será um desafio e a Volvo Ocean Race é feita de desafios”.
Para evitar impacto ao meio ambiente, a organização da Volvo Ocean Race está trabalhando dia e noite para retirar o barco encalhado desde 29 de novembro da ilha do Índico.
Como foi o acidente?
O comandante Chris Nicholson relatou o ocorrido em entrevista nesta segunda-feira. Segundo o líder do Team Vestas Wind, 48 horas antes de encalhar, ele e sua equipe já haviam avaliado as condições de navegação naquela parte do Índico. “Vimos que havia alguns montes submarinos. A profundidade variava 3.000 metros e 40 metros”, lembrou o velejador.
O navegador Wouter Verbraak, que geralmente tem a função de dar essas informações ao grupo, reconheceu que deveria ter analisado melhor a área. “Poderia ter dado muito mais zoom na área. Esse foi o meu maior erro”.
O incidente ocorreu aproximadamente no meio do caminho entre a Cidade do Cabo e Abu Dhabi, na segunda etapa da Volvo Ocean Race.