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Mais um final de etapa emocionante da Volvo Ocean Race.

Volvo Ocean RaceA perna entre a África do Sul e os Emirados Árabes Unidos terminou com vitória apertada dos holandeses do Team Brunel, que cruzaram a linha de chegada 16 minutos na frente do segundo colocado, o chinês Dongfeng. O terceiro foi o Abu Dhabi Ocean Racing, para a festa da torcida local.

Para vencer a perna entre a Cidade do Cabo, na África do Sul, e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o Team Brunel teve que dar a última cartada já na aproximação ao porto. Atrás nas últimas 24 horas, os holandeses encontraram vento ‘do nada’ na milha derradeira e ganharam a etapa de mais de 9 mil quilômetros. A primeira posição estava quase certa nas mãos do Dongfeng. A regata durou 23 dias e 16 horas e 25 minutos.

“Estamos muito felizes pela vitória. Sempre digo que é melhor ter sorte do que ser bom, mas confesso que nessa etapa também fomos perfeitos. Poderíamos ter terminado em último, de tão difícil que foi. A nossa equipe fez um trabalho fantástico e velejamos melhor do que na primeira perna”, disse Bouwe Bekking, comandante do Team Brunel.

Festa holandesa e um pouco de decepção chinesa. “O Team Brunel foi muito mais rápido do que a gente nos últimos dias. Não sabemos como, mas foram. Estamos um pouco desapontados. É preciso ser rápido para ganhar as pernas”, falou Charles Caudrelier, comandante do Dongfeng. “Sempre queremos melhorar e a boa notícia é que mostramos que podemos jogar o jogo de igual para igual”.

E o final da etapa, além de equilibrado, foi congestionado na passagem pelo estreito de Ormuz – que tem 400 metros de largura e liga o Golfo de Omã ao Golfo Pérsico. Nos últimos dois dias, os barcos tiveram companhia de muitas embarcações, principalmente que transportam petróleo, já 50% das produtoras estão naquela região.

Volvo Ocean RaceO MAPFRE conseguiu um melhor resultado na segunda etapa da Volvo Ocean Race, terminando em quarto lugar. O barco, que conta com o brasileiro André ‘Bochecha’ Fonseca, cruzou a linha de chegada, na madrugada deste domingo (14), na quarta colocação, após amargar a última na regata anterior. O time concluiu o percurso de 9.600 quilômetros em 24 dias, 11 horas, 18 minutos e 18 segundos, passando por zonas de exclusão, calmarias intertropicais e velejando, no mínimo, 300 quilômetros a mais do que os adversários por causa de uma estratégia mais a Leste no Oceano Índico. O brasileiro aprovou a colocação.

“Foi uma recuperação muito boa no final, após uma disputa com o Alvimedica. Percebemos que quando navegamos barco contra barco somos mais competitivos. Estamos melhorando e vamos confirmar essa evolução na próxima etapa”, disse André ‘Bochecha’ Fonseca.

Decepcionados com o resultado da primeira etapa, a equipe teve algumas mudanças para a perna da Cidade do Cabo até Abu Dhabi. E, logo de cara, a equipe do MAPFRE acelerou, ficando entre os líderes nas primeiras semanas. “Tomamos uma decisão de ir para Leste e os adversários foram para outro lado. Ali foi a peça chave da regata. Tentamos recuperar um pouco no final, mas não deu. Mesmo assim o resultado foi bom”, contou o brasileiro. O MAPFRE soma 11 pontos perdidos na classificação geral, sete a mais do que os três líderes.

Além da quarta colocação, os espanhóis foram os vencedores do IWC Schaffhausen Speed Record Challenge, prêmio dado ao barco que percorreu mais milhas em 24 horas. A equipe, em 21 de novembro, navegou 517,4 milhas em um dia, nas extremas condições do Índico com a ajuda da corrente de Agulhas.

Neste domingo, o Team Alvimedica cruzou a linha de chegada na quinta colocação com 24 dias, 21 horas, 29 minutos e 23 segundos de navegação. O Team SCA é esperado para a segunda-feira (15).

Empate

Volvo Ocean RaceA classificação, após duas pernas, mostra que a 12ª edição da Volvo Ocean Race é a mais equilibrada de todas. Triplo empate. Na primeira perna deu Abu Dhabi em primeiro e Team Brunel em terceiro. A situação se inverteu. Os chineses do Dongfeng chegaram as duas em segundo. O resultado mostra o equilíbrio da nova classe de barcos, a Volvo Ocean 65.

“Não tem moleza. No passado dava para relaxar um pouco, pois o barco era rápido. Agora, o veleiro é completo em todos os aspectos e se alguém cometer um erro perde a vantagem”, ressaltou Bouwe Bekking. “Isso gera pressão a bordo, principalmente nos mais novos, que podem não saber lidar com perda de posições”.

Volvo Ocean Race

A segunda etapa

A segunda etapa da Volvo Ocean Race foi histórica e teve emoção do começo ao fim. Desde a saída da Cidade do Cabo, com ventos de quase 100 km/h, passando pelas zonas anti-pirataria e pelas ilhotas do Índico, nenhum barco se destacou ou abriu vantagem na ponta.

A perna pelo Oceano Índico foi a mais desconhecida do evento de volta ao mundo. A flotilha de sete barcos, que terminou com seis após o acidente com o time dinamarquês, passou por uma área pouco navegada quando o assunto é regata oceânica.

O Team Vestas Wind não completou o percurso. No fim do mês passado, o barco da Dinamarca ficou encalhado em um banco de areia de uma ilhota do Oceano Índico. Os atletas foram obrigados a abandonar a embarcação e ainda há dúvidas se eles voltarão ao não à regata.

Leg 2 DTL(NM) GAIN/LOSS(NM) DTF(NM) Speed(kt)
TBRU FIN – 023d 16h 25m 20s
DFRT FIN – 023d 16h 41m 40s
ADOR FIN – 023d 19h 08m 15s
MAPF FIN – 024d 11h 18m 18s
ALVI FIN – 024d 21h 29m 23s
SCA1 FIN – 025d 06h 23m 34s
VEST -0 0 -0 0

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