De Tabarly a Caudrelier… De Zidane a Mbapee. França campeã no gramado e nos oceanos.

A França acabou de ganhar a Copa do Mundo FIFA 2018, na Rússia. Bateu a Croácia por 4 a 2 na decisão e ficou com o bicampeonato Mas os franceses, novos reis do futebol, são um dos melhores do mundo na vela, principalmente oceânica.

Herança de sua história de descobrimentos pelo novo mundo e também de ícones da navegação e construção naval, como Éric Tabarly em seu veleiro Pen Duick. O legado francês na vela oceânica ultrapassa fronteira e faz de sua mão de obra uma das mais requisitadas.

Vitórias Oceânicas

Na mais disputada Volvo Ocean Race da história, Charles Caudrelier liderou o Dongfeng Race Team ao título da edição 2017-18. O barco era chinês, mas o comando francês. Os bleus também faturaram a edição de 2011-12, com o barco Groupama 4, que tinha Franck Cammas no comando e o próprio Charles Caudrelier.

Charles também liderou uma campanha recente na America’s Cup, mas o poderio financeiro de máquinas de regata voadoras fez a diferença nos matchs das Bahamas. Não dava pra superar ORACLE e Emirates Team Zealand.

Vencedor da Volvo Ocean Race sob o comando de um francês.

Persistente, Franck Cammas fará mais uma tentativa em 2021! Os nomes citados acima surgem todos os anos na França. Tradicionais regatas que eles promovem, de preferência individuais, mantém o calendário em franca atividade!

Vamos falar da Vendée Globe, a Volta ao Mundo em solitário sem escalas a abordo de um IMOCA 60 (o mesmo será usado na próxima Volvo). É a mais badalada regata desse porte atualmente, sendo apontada como o maior desafio esportivo de sobrevivência no mar até então. O último vencedor foi Armel Le Cléac’h, o Chacal. Recorde da competição a bordo de seu Banque Populaire com 74 dias, 03 horas e 35 minutos.

Por lá também tem outras provas como Solitaire Du Figaro, Tour de França de vela, Mini Transat e a Transat Jacques Vabre. Essa ultima vem parado no Brasil ultimamente, com Itajaí e Salvador como destino final. A última edição foi um show de recordes para as duplas nas classes Ultime, Imoca, Multi 50 e Class40.

Largada da Transat ao longo da costa da Normandia, na França. Crédito: Jean-Marie Liot/ DPPI/ TJV2015

Investimento na Vela

Eles investem em competições, patrocinam barcos e formação de velejadores. Na Transat Jacques Vabre de 2017, os mais de 40 barcos que largaram de Le Havre pra Salvador tinham um patrocinador. A vela está nos anúncios publicitários, nas salas de aula e no dia-a-dia local.

Olha que eu nem citei os recordes de multicasco de volta ao mundo de François Gabart, o mago da navegação Pascal Bidégorry, e outros craques da vela como Jean-Pierre Dick, Yann Eliès, Thomas Coville, Jean-Luc Nelias e outros mais.

Désolé si j’ai oublié de mentionner quelqu’un!

Eles também tem projetistas de barco! Os mais procurados moram na Franca, um país estrategicamente voltado ao mar. Os resultados foram positivos também na Rio 2016, que são regatas de monotipos, bem diferentes das navegações pelos mares do mundo.

Depois de apenas uma medalha em Londres 2012, a esquadra francesa fez três pódios no Brasil Ouro para Charline Picon (RS:X), e dois bronzes: Pierre Le Coq (RSX) e Camille Lecointre | Hélène Defrance (420).

Vela é com eles!!!! Futebol também (paro por aqui pra não falar dos resultados olímpicos e em mundiais de outras modalidades)

Allez le bleus

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